FMI revê em baixa previsão para crescimento da economia de Macau em 2024 e 2025

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em baixa as previsões para o crescimento da economia de Macau este ano e no próximo, num relatório em que alertou para uma crise mais prolongada no imobiliário chinês.

A instituição disse acreditar que o produto interno bruto (PIB) da região administrativa especial chinesa vai crescer 10,6% em 2024, abaixo da previsão de 13,9% feita em maio, de acordo com o relatório World Economic Outlook.

O FMI reviu também em baixa, de 9,6% para 7,3%, a previsão para o crescimento da economia de Macau em 2025.

A inflação deverá permanecer baixa, com o índice de preços no consumidor a subir 1,1% este ano, e a taxa de desemprego no final do ano a rondar 1,8%, previu a instituição.

Macau registou uma inflação de 0,82% em julho, em termos anuais, enquanto o desemprego está há três meses consecutivos em 1,7%, igualando o mínimo histórico atingido antes do início da pandemia da covid-19.

A economia da região cresceu 15,7% na primeira metade de 2024, em comparação com igual período do ano passado, graças à recuperação do jogo.

Em maio, o FMI tinha alertado que o PIB de Macau podia ser afetado, a curto prazo, por "uma contração mais forte no setor imobiliário da China continental", de onde é oriunda a maioria dos turistas que visitam o território.

No World Economic Outlook, divulgado na terça-feira à noite, a instituição apontou "um abrandamento mais profundo do crescimento na China" como um dos maiores riscos para a economia mundial.

O FMI destacou a possibilidade da China experimentar uma "contração mais profunda ou mais longa do que o esperado" no sector imobiliário, o que "poderia enfraquecer o sentimento do consumidor e gerar repercussões globais negativas, dada a grande presença da China no comércio global".

A instituição reviu em baixa a previsão do crescimento da economia chinesa este ano, de 5% para 4,8%.

O Governo da China fixou a meta de crescimento económico para este ano em "cerca de 5%".

As autoridades chinesas mostraram-se confiantes, na sexta-feira, de que o país asiático vai "continuar numa tendência de estabilização e recuperação", depois de terem anunciado um pacote de estímulos com medidas de apoio aos setores financeiro e imobiliário e ao mercado bolsista, a fim de relançar a recuperação da segunda maior economia do mundo.

Os analistas afirmaram que o pacote de medidas é "um passo na direção certa", mas insuficiente para relançar a recuperação económica da China, a menos que seja acompanhado de um aumento das despesas públicas, uma questão que poderá colidir com as preocupações sobre a sustentabilidade da dívida.

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