Os acionistas da Google alegam que houve uma falha de segurança na plataforma Google+, que pode ter comprometido os dados dos seus utilizadores, e que a empresa sabia e não disse nada.
A Google concordou em pagar 350 milhões de dólares para fazer face a um processo movido pelos acionistas relacionado com uma falha de segurança na sua antiga rede social Google+, segundo revela a ‘Reuters’.
Após um ano de mediação, ontem foi pedido no tribunal de São Francisco um acordo preliminar, que requer agora a aprovação da juíza. Este acordo resolve as alegações de que a Google soube, em março de 2018, de uma falha de software que expôs dados dos utilizadores da sua plataforma Google+, não tendo revelado que tinha conhecimento do caso durante meses.
Os acionistas afirmaram que a Google temia que a divulgação desta falha causasse um escrutínio regulatório e público, semelhante ao que o Facebook recebeu depois de a Cambridge Analytica ter recolhido dados dos seus utilizadores para as eleições de 2016 nos Estados Unidos.
À medida que começaram as denúncias sobre a falha de segurança, as ações da Alphabet, empresa mãe da Google, caíram várias vezes, fazendo com que a empresa perdesse valor de mercado.
A Google negou qualquer tipo de falha ou irregularidade ao concordar com o acordo, afirmando que não foram encontradas evidências de uso indevido de dados. “Identificamos e corrigimos regularmente problemas de software, divulgamos informações sobre estes problemas e levamos estes problemas de forma séria. Este assunto diz respeito a um produto que não existe mais e estamos satisfeitos por tê-lo resolvido”, afirma um porta-voz da empresa, Jose Castaneda.