Governo moçambicano quer produção local de baterias a partir de grafite

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O ministro dos Recursos Minerais e Energia de Moçambique, Carlos Zacarias, defendeu hoje que o país deve aproveitar a grafite que extrai para a produção local de baterias, cada vez mais procuradas no mercado internacional de veículos elétricos.

“Que o processamento [de grafite] vá até à fase final”, com o objetivo de “produção de baterias, para adicionar mais valor, dar mais emprego aos moçambicanos e, naturalmente, para mais captação de divisas”, afirmou Zacarias.

Aquele governante falava em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita à fábrica de produção de grafite da empresa Twigg, no distrito de Balama, província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.

A Twigg Exploration & Mining é subsidiária do grupo australiano Syrah Resources, que explora grafites na mina de Balama, na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.

O ministro dos Recursos Minerais Energia declarou que a Twigg está preparada para operar dentro dos padrões exigidos na indústria do setor.

“A impressão é boa, porque a empresa está organizada segundo os padrões próprios de uma empresa deste tipo”, enfatizou.

A grafite produzida na referida fábrica é exportada para a China, havendo já um plano de colocação da produção também nos Estados Unidos da América.

Dados divulgados pelos responsáveis da companhia referem que a firma já investiu até ao momento 494 milhões de dólares (459,5 milhões de euros), incluindo quatro milhões de dólares (4,7 milhões de euros) em projetos sociais em benefício das comunidades.

A mina de Balama iniciou a produção comercial há mais de cinco anos e foi destaque em dezembro de 2021, quando a Syrah anunciou um acordo com a multinacional de veículos elétricos Tesla, que pretende usar o grafite da mina, descrita pela própria companhia australiana como um dos maiores depósitos deste tipo de minério “de qualidade” no mundo.

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