Grupo Dia com prejuízo de 94 milhões no primeiro semestre. Retalhistas desfez-se de vários negócios

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Venda da subsidiária no Brasil e venda da rede Minipreço em Portugal afetaram contas da retalhista espanhola Dia.

A retalhista Dia encerrou o primeiro semestre do ano com um prejuízo de 93,5 milhões de euros, um valor que representa um aumento de 39% face ao período homólogo. Foi nestes primeiros seis meses que a ex-dona do Minipreço se desfez de vários negócios.

De acordo com o espanhol “CincoDías”, a ‘culpa’ é depositada na venda da subsidiária brasileira em maio passado por um valor simbólico de 100 euros. Esta venda aportou perdas de 101 milhões de euros para o grupo espanhol.

Evidencia a retalhista à CNVM que o prejuízo total se fixou em 106,8 milhões de euros, dos quais 88,5 milhões correspondem às quebras acumuladas da subsidiária brasileira até à sua separação do grupo de origem espanhola. Outros 18,3 milhões são atribuídos à transferência do próprio negócio, adquirido pela MAM Asset Management.

Sem o impacto dos negócios transferidos, a retalhista que conta com operação apenas em Espanha e Argentina teria encerrado o semestre com lucro de 16 milhões de euros.

Importa lembrar que a Dia concluiu a venda do seu ativo português no fim de abril, um negócio que contou para as contas deste semestre. O negócio do Minipreço em território nacional foi vendido por 155 milhões à concorrente Auchan, sendo que a espanhola terá recebido 72,5 milhões de euros pela rede de 489 lojas e três plataformas logísticas, por conta das dívidas que tinha.

Relembrar que a Dia vendeu ainda a rede de perfumaria Clarel à colombiana Trinity por 42,2 milhões de euros. Esta venda aconteceu aconteceu em fevereiro deste ano e inclui mil perfumarias em Espanha e três centros de distribuição.

Entre janeiro e junho de 2024, a empresa alcançou vendas, incluindo nos negócios descontinuados, de 3.306 milhões de euros, menos 8,2% que no primeiro semestre de 2023. Somando apenas Espanha e Argentina, o lucro líquido cresceu 6,3%, com um crescimento superior a 5% no mercado interno, onde atingiu um lucro líquido de 25,1 milhões de euros.

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