Montenegro promete equivaler CSI ao salário mínimo numa segunda legislatura

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O líder do PSD disse na convenção da Aliança Democrática que é tempo de “nos reconciliarmos com os pensionistas e os reformados de Portugal”. Deixou ainda propostas de âmbito fiscal, um programa de emergência para a saúde e reiterou que vai promover a recuperação do tempo de serviço dos professores.

O presidente do PSD, Luís Montenegro, disse este domingo que é tempo da direita em Portugal reconciliar-se com os pensionistas e os reformados e prometeu que vai aumentar o Complemento Solidário para Idosos para 820 euros nesta legislatura e que irá equivaler esse apoio ao salário mínimo nacional numa segunda legislatura.

“Esta é a altura de nos reconciliarmos com os pensionistas e os reformados de Portugal. Sei bem que muitos têm as suas dúvidas e algum receio em apostar em nós. Digo de uma forma muito clara que os valores do humanismo, da dignidade e da solidariedade serão a orientação para que tenhamos os poderes públicos a evitar o isolamento e a pobreza das pessoas com mais idade”, referiu.

O líder do PSD realçou que “vamos valorizar as pensões seguindo os critérios da lei, valorizar as mais baixas e aumentar o valor de referência do Complemento Solidário para Idosos para 820 euros numa primeira legislatura e para igualar o salário mínimo nacional numa segunda legislatura”.

Para os jovens, Luís Montenegro prometeu uma taxa de IRS máximo de 15% até aos 35 anos e a isenção de imposto de selo na aquisição da primeira habitação e a garantia do Estado para financiar a 100% do valor de aquisição para os jovens em Portugal.

O presidente do PSD acredita que “temos de virar esta página de empobrecimento e por isso queremos baixar a carga fiscal das pessoas e das empresas. Baixar o IRS é fundamental para revigorar a classe média”.

“Propomos a isenção de contribuições e impostos sobre os prémios de desempenho até ao limite de um vencimento mensal. Este 15º mês não tributado representa a ideia de que o mérito é premiado”, destacou.

“Baixar o IRC não é baixar os impostos aos patrões, é dar instrumentos às empresas para que possam produzir, ganhar no mercado e pagar melhores salários e é assim que se fixam as pessoas em Portugal”, sublinhou Montenegro.

“Nos primeiros 60 dias vamos aprovar um plano de emergência para executar em 2024 e 2025 na área da saúde”, prometeu Luís Montenegro, com especial ênfase nas áreas da obstetrícia e de pediatria e “acabar com as listas de espera”, prometendo uma resposta integrada.

Montenegro comprometeu-se ainda com a atribuição de um ‘voucher’ para consultas de especialidade e cirurgias sempre que o tempo máximo de resposta garantido seja ultrapassado “em uma hora” no SNS, para que o utente possa escolher outro prestador.

“Nos primeiros 60 dias vamos encerrar o tema da recuperação integral do tempo dos professores nos termos que já tínhamos proposto em setembro. Isto não é uma resposta a uma reivindicação justa dos professores”, reforçou o líder do PSD. Recorde-se que em setembro, o partido propôs o pagamento faseado por cinco anos do tempo de serviços dos professores, atribuindo 20% em cada ano.

O presidente do PSD assumiu também o compromisso de iniciar, de imediato, negociações com representantes dos polícias.

“Há muito tempo não havia uma liderança política que fizesse convergir tanta capacidade como aquela que se reúne aqui hoje. Três partidos políticos e centenas de independentes pelo futuro, juntos pelo inconformismo e para fazermos entrar em funções um Governo que vai transformar para melhor a vida dos portugueses”, considerou o líder da oposição.

Depois, Luís Montenegro lançou críticas tanto à sua esquerda quanto à sua direita: “Quem quer apenas perpetuar o seu partido no poder? E que quer agora fazer o que não fez nos últimos oito anos? Tal como não é credível prometer tudo a todos, uma política que se diz nova mas que quer enganar as pessoas”.

“Governar não é entrar em aventuras: é alocar recursos que são escassos para resolver problemas profundos. Acabou por cair um dos Governos mais incompetentes que tivemos em Portugal, ruiu por dentro, autodestruiu-se. E o ministro das Infraestruturas foi um deles, caiu por incúria”, recordou Luís Montenegro.

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