Nova Expressão apresenta e retira pedido de assembleia geral extraordinária da Inapa

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A Nova Expressão retirou hoje o requerimento para uma Assembleia Geral extraordinária da Inapa, que solicitou na segunda-feira com o objetivo de travar o processo de insolvência da empresa do setor do papel.

Em comunicado hoje enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Inapa refere que o presidente da mesa da Assembleia Geral recebeu, na segunda-feira, um requerimento para a convocação de uma Assembleia Geral extraordinária da Inapa.

A Assembleia Geral teria quatro pontos, incluindo uma análise à viabilidade económica da Inapa e a designação de novos membros para a administração da empresa para o atual mandato.

De igual forma, a Nova Expressão sugeria a realização de discussão e deliberação sobre uma redução de capital para a cobertura de prejuízos, "com a correspondente redução do valor nominal de todas as ações representativas do capital social", mas também um aumento de capital através da injeção de dinheiro "para reforço da cobertura de capital".

No entanto, o requerimento enviado ao presidente da mesa da Assembleia Geral não se encontrava acompanhado das respetivas propostas, algo "imediatamente comunicado à Nova Expressão", a quem foi ainda pedida uma "reunião urgente para coordenar a preparação e envio" dessas propostas.

Já hoje de manhã, o presidente da mesa da Assembleia Geral "recebeu novo requerimento da Nova Expressão no qual se solicita que se desconsidere o pedido de convocação de uma Assembleia Geral extraordinária".

"Após a entrega do referido requerimento, foram tornadas públicas novas informações relativas à efetiva entrega em tribunal do pedido de insolvência da sociedade, aos fundamentos para o referido pedido relacionados com a prestação de garantias pela sociedade e, mais tarde, ao levantamento da suspensão da negociação das ações da sociedade em mercado", indica a Nova Expressão, citada no comunicado.

"Face a estes desenvolvimentos, a signatária entende que não estão reunidas as condições para a convocação da Assembleia Geral nos termos que havia projetado", justificou.

A CMVM determinou, na segunda-feira à noite, o levantamento da suspensão da negociação das ações da Inapa, "na sequência da prestação de informação relevante ao mercado sobre a apresentação de pedido de insolvência".

No mesmo dia, a empresa tinha apresentado o pedido de insolvência junto do Juízo de Comércio do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste.

O grupo Inapa foi fundado em 1965 e tem como principal acionista a empresa pública Parpública, com 44,89% do capital social, enquanto a empresa Nova Expressão tem 10,85% e o Novo Banco 6,55%. O restante capital está disperso.

Foi este mês conhecido que a Inapa tinha pedido uma injeção de 12 milhões de euros para necessidades de tesouraria imediatas, mas o Ministério das Finanças disse que a Parpública não iria conceder à Inapa os financiamentos pedidos.

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