Politólogo coloca hipótese de eleições antecipadas na Madeira

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“Já houve uma antecipação dos Açores, vamos ter eleições a nível nacional e podemos ter, também, uma crise política na Madeira que não sabemos se vai dar ou não em eleições antecipadas”, disse José Palmeira ao JE.

O politólogo José Palmeira referiu, ao Jornal Económico, que um eventual cenário de uma crise política na Madeira poderá poderá culminar em eleições antecipadas. Isto a propósito das buscas que decorrem e envolvem o presidente da região e o presidente da câmara do Funchal.

“Já houve uma antecipação dos Açores, vamos ter eleições a nível nacional e podemos ter também uma crise política na Madeira que não sabemos se vai dar ou não em eleições antecipadas”. De acordo com o especialista em política, “o Presidente da República vai ficar na berlinda”, uma vez que “não sabemos que atitude tomará se, por exemplo, Albuquerque apresentar a demissão”.

De recordar que uma situação semelhante, verificada a 7 de novembro do ano passado, culminou com a demissão do primeiro-ministro, António Costa, e levou a que Marcelo Rebelo de Sousa marcasse eleições antecipadas.

Quanto à confiança do líder do PSD em Albuquerque, José Palmeira frisou “é preciso aguardar pela atitude que Albuquerque vai tomar” e, também, “pelo que vai dizer”. Ainda assim, José Palmeira não acredita que Luís Montenegro “vá tirar a sua confiança política em Albuquerque”.

“Ainda por cima estamos num período delicado, que é um período pré-eleitoral. Penso que ele vai aguardar pelo desenrolar dos acontecimentos”, uma vez que o presidente regional da Madeira “não vai querer afetar o partido em termos eleitorais”, destacou o politólogo.

Esta terça-feira, tanto o Chega como a Iniciativa Liberal pediram esclarecimentos a Miguel Albuquerque e pediram, também, que Montenegro viesse a publico comentar a situação e explicar se mantém a confiança no presidente da região.

Além de Palmeira, o especialista em ciência política Luís Guimarães apontou ao JE que as buscas na Madeira “acentuam desconfiança” e “dão força” ao Chega. 

“Isto veio apenas acentuar desconfianças e dar força à mensagem veiculada pelos partidos populistas sobretudo o Chega, partido que incide mais nesse aspecto”, disse Luís Guimarães.

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