Receitas da Vila Galé subiram acima do nível nacional no primeiro semestre

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O grupo hoteleiro registou um aumento nas suas receitas de 14% face ao período homólogo do ano passado e justifica-o com uma subida do preço médio de venda (RevPAR). Até ao final de 2024 o objetivo passa por um crescimento global entre 15% a 17%.

As receitas do Grupo Vila Galé registaram um crescimento de 14% nos primeiros seis meses em comparação com o período homólogo do ano passado, ficando desta forma acima dos 12,3% que o sector como um todo registou no primeiro semestre. A informação foi transmitida ao Jornal Económico (JE), por Pedro Ribeiro, diretor de marketing e vendas do grupo hoteleiro.

“Penso que tanto a subida da Vila Galé como o aumento nacional é devido a um crescimento mais acentuado do preço médio (RevPAR), que foram transversais a todas as principais regiões turísticas nacionais e isso ajudou até algumas regiões onde houve uma pequena quebra de ocupações a que os números fossem positivos”, refere ao JE.

Em Portugal, no primeiro semestre, os municípios de Lisboa e do Porto, em conjunto, concentraram mais de metade do total de dormidas dos mercados brasileiro (60,8%), norte americano (59,7%) e italiano (57,3%). No caso da Vila Galé, o responsável assume que o mercado nacional está muito em linha com o que foi no ano passado e continua a ser o mercado principal da empresa liderada por Jorge Rebelo de Almeida.

“Esta subida de 14% deve-se também ao crescimento de alguns mercados internacionais que estão a voltar após a pandemia, principalmente o norte-americano, onde estamos com um crescimento de 20%. Depois, temos o mercado inglês, o alemão e o brasileiro e espanhol já com alguma expressão”, afirma Pedro Ribeiro.

Até ao final do ano os objetivos do grupo hoteleiro passam por um crescimento global entre 15% a 17%. “Em julho tivemos uma pequena oscilação, com algumas unidades a não terem a mesma performance do ano passado, mas em crescemos em termos globais e o mês de agosto está a correr muito bem”, salienta.

Em termos nacionais o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 85 euros (+9,4%), enquanto o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 132 euros (+8,0%). O ADR atingiu os valores mais elevados na Grande Lisboa (170,9 euros), no Algarve (139,8 euros) e nos Açores (128,4 euros).

No que diz respeito à Vila Galé, Pedro Ribeiro destaca “a boa surpresa” com a taxa de ocupação da Vila Galé Isla Canela, cuja abertura oficial aconteceu em maio. “Estamos com uma taxa de ocupação de 90% em agosto, sendo que 80% são portugueses. Isto veio dismistificar a questão do preço, porque está perfeitamente em linha com as nossas unidades do Algarve, com ambos a rondarem entre os 210 e 230 euros”, sublinha.

Considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se em Portugal 3,3 milhões de hóspedes e 8,5 milhões de dormidas em junho, refletindo crescimentos de 6,7% e 4,8%, respetivamente, com as dormidas de residentes a registar um aumento de 3,5% e as de não residentes uma subida de 5,4%.

O Jornal Económico questionou o Grupo Pestana, Savoy, Porto Bay e a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) sobre a sua performance no primeiro semestre, mas não obteve respostas até ao momento.

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