Um Chucho para bater recordes

1 mes atrás 31

O Vitória venceu o Estoril por 1-0 e continuou a sua fase cem porcento vitoriosa neste início de época. Num jogo que estava emaranhado, Chucho Ramírez subiu ao terceiro andar para decidir, na sequência de um livre lateral. O Estoril pouca mossa fez e a passividade e falta de criatividade dos canarinhos traz preocupações. 

Na antecâmara do play-off europeu, os Conquistadores fizeram história, ao conseguir pela primeira vez seis jogos consecutivos sem sofrer golos. Quarta-feira, a história é outra, diante do Zrinjski Mostar.

Bolas paradas para o jogo mexer

Antes da eliminatória decisiva da Conference League, o Vitória recebeu o Estoril de Ian Cathro, que teve uma estreia para esquecer no futebol português, ao sair goleado em casa pelo recém-promovido Santa Clara. Diante de um Vitória super moralizado - 100% vitorioso e sem golos sofridos em cinco jogos. Rui Borges alterou cinco peças, Ian Cathro duas.

O Estoril apareceu em Guimarães com as linhas muito juntas, a pressionar em 4-3-3, condicionando o jogo interior do Vitória. Os da casa demoraram alguns minutos a perceber as soluções - perdas de bola resultaram nos centrais amarelados cedo na partida - mas, quando começaram a variar o jogo, o perigo foi imediato. Os Conquistadores começaram a chamar a pressão a um flanco e a variar mais rápido para o oposto, abdicando um pouco do jogo por dentro numa primeira fase, e Bruno Gaspar e João Mendes foram sendo muito solicitados à profundidade. 

Ramírez subiu para inaugurar o marcador @Kapta+

O Vitória começou a chegar à frente com mais acutilância e o golo apareceu numa sequência de bolas paradas caótica. Na primeira, Arcanjo obrigou Joel Robles a uma grande defesa, depois de um remate de fora da área contra a relva. No segundo canto, Mangas cabeceou ao primeiro poste e valeu o guardião espanhol novamente. À terceira - que dizem ser de vez - Händel ficou a centímetros do golo, visto que Robles, novamente, agarrou a bola em cima da linha. Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura e, à quarta tentativa, a bola lá entrou. Tiago Silva bateu um livre lateral e Chucho Ramírez subiu ao terceiro andar para cabecear com violência e estrear-se a marcar com o Rei ao peito.

Depois do inaugurar do marcador, o Vitória colocou o jogo no bolso, apesar de algumas perdas de bolas fáceis, que o Estoril desperdiçou por má definição dos seus intervenientes.

Controlo até ao fim

A história do segundo tempo deu sucessão ao que foi o primeiro. O Vitória, com iniciativa de ter bola, foi controlando o ritmo do jogo, sem que os canarinhos pressionassem muito alto. Chucho avisou Robles - muito inseguro nas defesas - com um remate de fora da área logo a abrir. 

As imediações da área estorilista estiveram quase sempre cercada pelos da casa, com força e vontade de fechar a partida, mas alguma falta de qualidade na definição do último passe foi impedindo o Vitória de marcar a um Estoril com debilidade evidentes, com e sem bola. Orellana, numa transição, ainda testou Varela, mas o remate saiu fraco.

Os Conquistadores conseguiram manter o nível muito alto até ao fim do jogo, com alguns dos habituais titulares a entrarem para colocar o jogo no bolso. O Estoril, por sua vez, pareceu sempre desacreditado e sem fulgor para tentar reagir.

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