Tabata rendido a Pote: «Só vamos conseguir medir a diferença que ele faz quando sair do Sporting»

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Chegou ao Sporting em 2020 e, em dois anos, fez 52 jogos e 8 golos, tendo contribuído para quatro títulos: uma Liga, uma Supertaça e duas Taças da Liga.  Hoje no Qatar, Tabata continua a torcer à distância pelos leões e a proximidade é tanta que no início do ano até jantou com o atual plantel. Sinal de que, para trás, ficou mais do que uma equipa.

"Foi um puzzle muito bem montado, não consigo explicar o porquê, mas sentia-se que as pessoas eram muito gratas por estar ali. Era uma oportunidade muito boa para todo o Mundo, estar no Sporting, com a montra que tínhamos, podendo lutar para sermos campeões. Para se ter uma ideia, eu estive em Lisboa em janeiro, houve um jantar da equipa e eu fui ao jantar da equipa. E já tinha saído do Sporting há quase dois anos. Até para os novos jogadores não é estranho", confidencia o avançado brasileiro, de 27 anos, em entrevista à RTP.

Para o grupo que conheceu e para os novos, sobram elogios. Desde logo para Pote, o mais influente da era Amorim nas palavras de Tabata.

"É muito fácil para ele fazer golos, fazer o que ele faz. Tem processos muito simples. Fisicamente também é um jogador com um perfil que se lesiona pouco, um jogador que consegue dar profundidade, consegue dar (jogo) entrelinhas. Nos 4 anos do míster, talvez tenha sido o jogador que fez mais a diferença. Só vamos conseguir medir essa diferença que ele fez para o Sporting quando ele sair", conclui

Sem surpresas, o ex-leão mostra-se rendido também a Gyökeres. "Eu joguei em Portugal seis anos e meio, talvez não tenha visto um jogador com tanto impacto numa temporada, impacto no país mesmo, e vê-se o respeito que os adversários têm. Ainda agora, no clássico, no Dragão, o Sporting talvez não tenha feito um jogo bem conseguido, mas quando ele entra muda logo toda a rotina, não só do Sporting como dos adversários", refere.

Sobre Amorim, o lugar na história do Sporting está garantido. "Como ele foi jogador durante tanto tempo, tentava sempre reproduzir coisas que faziam sentido quando ele era jogador. A questão de gerir, como ele fala, como exige… Eu sentia muita convicção nele. Dizia: ‘Como é que pode?! Um treinador tão jovem, com 1 ano de carreira, ter uma convicção tão grande assim?!?’ Em 4 anos, um treinador ganhar dois títulos no Sporting, num clube que estava há 19 anos sem ser campeão e com a margem para crescer muito mais daqui para a frente … Ele tem tudo para poder estar mais ainda na história do Sporting", remata.

Um feito... "espetacular"

Proveniente do Portimonense, Tabata podia ter ido parar mais a Norte em 2020. Mas a escolha foi clara. "Tive outras negociações na época, até com o Sp. Braga. Havia outros clubes mas eu queria o Sporting. Acima de tudo porque senti que a reformulação que foi feita era uma coisa muito sustentada. Claro que não esperávamos ser campeões logo no primeiro ano, porque era um grupo totalmente novo e jovem, com jogadores que vinham da formação. Mas eu sempre disse que não podíamos olhar na perspetiva de que o FC Porto e o Benfica estavam num patamar à frente", recorda.

Por tudo o que viveu em Alvalade, o desejo de Tabata é que o Sporting possa confirmar o título nacional. "Eu torço muito para que o Sporting seja campeão e digo sempre aos ‘meninos’ que nem se lembram quando é que um jogador foi campeão duas vezes pelo Sporting. Acho que para os jogadores é uma motivação, porque muitos ali vão ser campeões pela segunda vez. É espetacular."

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